Por terras de sua majestade nasce a vontade de fazer um balanço.
Em Outubro de 2007 comecou a aventura londrina. Foi um passo tímido, de quem não sabe o que esperar mas com vontade de ir descobrindo. Fez-se a mala e fez-se ninho, inicialmente por 6 meses.
Passaram 6 meses, passou-se um ano... e a vida deu muitas voltas. Fomos muito felizes e saímos magoados, trabalhámos dias e noites, aprendemos muito sobre arquitectura e todos os satélites que lhe sao inerentes... e agora aproxima-se a barreira dos dois anos.
Deixei o projecto que acompanhei durante quase 2 anos e entrei numa nova equipa e descubro aos poucos de quantos pequenos mundos é feito este atelier e dos factores divergentes entre equipas. Deparamo-nos com problemas diferentes e novos desafios e ao olhar para trás há a noção de que no percurso aqui traçado cada projecto, cada concurso, cada discussão, era necessária e que a experiência é feita de tudo isso. Do trabalho no atelier e de exposições, de conferências, de livros, de discussões em mesas de café e pubs, de caminhar pela cidade com os olhos bem abertos. É feita também de uma presença crítica, de não tomar opiniões como factos, de questionar estratégias e ganhar lições. Passaram-se tempos atribulados, viram-se os efeitos de uma recessão que afectou o ritmo e o panorama da profissão. Fecharam-se também etapas: o estégio académico, o estágio profissional para a OA, o registo como arquitecta no Reino Unido.
Foram vários "ticks in the box" que estavam definidos para a estadia cá. E de repente um imenso "now what?" surgiu no horizonte... E now é o momento de planear uma nova experiência, outros desafios, começar de novo. E planear é a palavra correcta.
A minha vida nesta cidade é definitivamente diferente do que era. Disse adeus muitas vezes, a pessoas que entram na nossa vida e nos deixam marcas que nunca vamos querer apagar mas que têm o seu próprio trajecto e esta foi só uma passagem. A vida é agitada, o dia nunca tem horas a mais, é feita de destinos não planeados, de mudanças de planos à última hora, de fins de semana em que só voltas a casa no domingo, de passeios no parque, jantares com amigos, almoços de domingo, de aproveitar cada hora, cada sítio e cada pessoa. Aqui há a urgência de viver.
E prometo para breve um balanço da Open House como retorno. Desta vez sem testamentos.E isso é uma promessa.
Até breve.
2 comentários:
Gostei de ver o livro a abrir-se novamente. well done
It was time. We're back in business :)
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