arquitectosemfuga

Espalhados por quatro cantos do mundo, cá estamos nós para partilhar experiências...de vida, de trabalho, de culturas diferentes, enfim...Portanto toca a contar histórias! Lisboa, Amsterdam, Paris, New York, London...para já são estes os pontos de referência...quem sabe se não aparecerão outros!

domingo, 4 de setembro de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

I predict a riot


Embora a minha zona não seja considerada "zona de risco" isso não a impediu de ser afectada pela situação totalmente surreal do resto da cidade, embora sem fogos ou feridos. Queensway, que para quem não sabe é a rua paralela à minha, acabou a noite neste estado:


Nada grave portanto...a única coisa grave aqui é perceber quão rapidamente se consegue perder o controle de uma cidade. Mas ainda assim...life goes on as usual

terça-feira, 28 de dezembro de 2010


caros arquiamigos

espero que tenham passado um bom natal e que tenham um óptimo 2011

MISS YOU ALL!

domingo, 14 de novembro de 2010

É emigrante? Tem um projecto? A Gulbenkian ajuda-o

A Fundação Calouste Gulbenkian vai pedir aos emigrantes ideias para tornar Portugal um “sítio melhor para viver”. O anúncio é feito durante o colóquio Migrações, Minorias e Diversidade Cultural, em Lisboa. Neste encontro será também apresentado o primeiro Atlas das Migrações, um livro onde se traça o retrato das migrações desde o final do século XIX até aos nossos dias.

Se, então, a maioria dos portugueses saiam em direcção ao Brasil, hoje a maior comunidade imigrante no país é a brasileira. Actualmente, existem dois milhões e 300 mil portugueses, nascidos em Portugal – é o 22.º país com mais emigração, mas a imigração fica-se pelos 4,2 por cento, bem longe dos 40 do Luxemburgo, perto da média europeia (seis por cento).

A iniciativa FAZ, do verbo fazer, pede aos emigrantes que “pensem em comunidade, que estreitem os laços com os que ficaram”, explica Luísa Valle, directora do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano. A intenção é lançar um concurso de ideias, em que o melhor projecto de empreendedorismo social seja concretizado em território português. A Gulbenkian financia mas, para já, não avança valores. “Lá se pensam, cá se fazem”, resume Luísa Valle que considera que existe um “potencial espalhado pelo mundo que não tem sido aproveitado”. Por isso, é preciso motivar “a diáspora” para ser mais pró-activa e contribuir para tornar Portugal um “sítio melhor para viver”, apela.

Luísa Valle espera que esta iniciativa se transforme num movimento da sociedade civil. No início de Janeiro, a Gulbenkian vai lançar o regulamento da iniciativa FAZ. “Importa reforçar e consolidar os laços entre Portugal e os portugueses espalhados pelo mundo, aproveitar a sua experiência e desafiá-los para resolvermos em conjunto as questão que são de todos”, diz a fundação em comunicado.

“A História explica muito”

No final do século XIX, o Brasil era o principal destino (entre 1886 e 1950, 1.246.000 portugueses chegaram ao Brasil). Hoje, são os brasileiros a maior comunidade imigrante em Portugal (107.253 em 2008), revela o Atlas das Migrações, coordenado pelo sociólogo Rui Pena Pires, uma encomenda da Gulbenkian e da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

O documento faz uma retrospectiva com informação cronológica, geográfica e sociológica. “Os portugueses não saíram por vocação mas por acidentes da história. A História explica muito”, diz Pena Pires, confessando-se “céptico [em relação] às explicações culturalistas” sobre a emigração, seja a portuguesa ou outra. A saída não se deve a “uma característica geral comum a todos os portugueses”, mas a questões económicas e ao passado colonial, explica.

Desde 1900 que um terço do crescimento demográfico português foi absorvido pela emigração, revela o Atlas. A consequência directa foi um decréscimo acentuado do crescimento demográfico potencial. O país conseguiu atrasar essa quebra com a chegada de África dos portugueses residentes nas ex-colónias, a partir de 1975, recorda Pena Pires. Mas não só, houve uma “imigração africana lusófona”, entre 1980 e 1990, essa intensificou-se com o aumento das obras públicas e construção civil. O investigador aponta que se trata de uma imigração pouco qualificada.

Contudo, “Portugal não poderia hoje viver sem o contributo da imigração”, diz o Atlas. Vários sectores de actividade poderiam ficar “semi-paralisados”, como a construção civil, os serviços pessoais e doméstidos, a restauração, hotelaria e comércio. Mas também o emprego altamente qualificado como os quadros estrangeiros de empresas multinacionais.

Emigrantes qualificados

Se desde o final do século XIX, os portugueses procuravam os países do outro lado do Atlântico, com o Brasil à cabeça, e com uma emigração pouco qualificada. Actualmente há uma nova emigração mais virada para o espaço europeu, resultado da maior circulação promovida pela entrada na União Europeia e mais qualificada. Além dos países europeus, Angola foi o destino escolhido por mais de 74 mil portugueses, no início do século XXI.

Um “fenómeno novo” é que há profissões qualificadas que requerem mobilidade, explica Pena Pires. Em 2000, 13 por cento dos portugueses com grau superior (90 mil) emigrara. Na União Europeia, este valor só era superado pela Eslováquia (14 por cento) e pela Irlanda (23 por cento).Os “novos emigrantes” são mais qualificados e escolhem o destino porque são informados, bem diferentes dos emigrantes dos séculos XIX e XX que iam atrás de um trabalho ou de familiares que os chamavam. Em comum, a esperança de “viver melhor”, diz Pena Pires.

Quem são os imigrantes?

O Atlas traça três perfis de imigrantes no país. Um é o dos directores e quadros de empresas multinacionais e dos profissionais intelectuais e científicos, como médicos, cientistas, artistas ou músicos, que têm elevadas qualificações escolares e remunerações altas. Aqui estão imigrantes dos países europeus mais ricos, mas também uma minoria da mais antiga imigração brasileira.

O segundo perfil, que é o maioritário, é o dos trabalhadores da construção civil, restauração, hotelaria e serviços pouco qualificados na indústria e na agricultura. A maioria destes imigrantes têm fracas qualificações e situações de trabalho precárias e mais expostas ao desemprego. Neste grupo encontram-se os imigrantes de origem africana, brasileira e da Europa de Leste (neste caso, muitos têm qualificações que não são reconhecidas).

Por fim, o terceiro perfil é o do imigrante empreendedor, que criam pequenas e microempresas na restauração, comércio e serviços. O melhor exemplo são os chinesas, mas também os indianos, quer os que chegaram de Moçambique depois de 1974, quer os estrangeiros. Neste grupo e em menor proporção estão os brasileiros e africanos.

in Público Online

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Happy Design


by Stefan Sagmeister, graphic designer/typographer

domingo, 17 de outubro de 2010

If home is where your heart is, where is yours?

Cheguei a Londres a 22 de Outubro de 2007, com poucas certezas e um prazo de validade de seis meses.

Passaram-se seis meses.
Passaram-se mais nove meses.

Viveram-se noites intermináveis, aprendeu-se a gostar de surpresas, a viver num cinzento constante. E, de repente, tudo parou. Tudo. Sem aviso.

Foram longos os meses e hoje é difícil não pensar que foram seis meses, meio ano, com a vida on hold.

Passaram-se quase três anos. O meu coração está com vocês, com as visitas que me fizeram e o apoio, com os momentos em que rimos quando mais havia para chorar, com a minha família... mas o meu coração está também com a vida que escolhi, com as ruas desta cidade, com o acordar frio e o verde dos parques.

Home is where you heart is, and mine is now here.